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sábado, 11 de setembro de 2010

'Fui do luxo ao lixo', diz Alexandre Frota

Em entrevista ele fala sobre casamento, funk e filmes pornôs



Alexandre Frota não se importa com o que falam dele, desde que falem dele. E quanto mais, melhor. "Adoro a fama", admite. "Já fui do luxo ao lixo, do céu ao inferno. Hoje só solto o pino da granada quando eu quero", conta. E como ele quase sempre procura levantar polêmicas, o que não falta é pino de granada.

Carioca de 47 anos, ele já foi galã de novela, se casou com Claudia Raia, foi viciado em drogas, participou de três reality shows, posou nu quatro vezes para uma revista gay e fez 12 filmes pornôs - entre os quais um com Rita Cadillac e outro com a transexual Bianca Soares. Agora, lançou um funk, "Estilo pitbull". "Sou o protótipo do pitbull", diz.
"E depois do Roberto Justus cantando, vale tudo".

No clipe, Frota aparece com dançarinas seminuas. Mulheres, aliás, ele garante que não faltam. Mas depois de cinco casamentos, prefere não ter compromisso com ninguém. "Sou muito mulherengo", confessa ele, que se diz viciado em sexo. Em meio a tantas mulheres - só nos filmes pornôs foram 78 -, diz ter amado de verdade somente duas: Claudia Raia e Dani Sperle, esta última uma modelo com quem terminou recentemente. "Quando quero uma gata, vou à caça. Adoro sexo, sem essa historinha de fazer amor".

Decidiu virar funkeiro?
O clipe ("Estilo pitbull", que ele gravou com o grupo Funk Sex) foi uma brincadeira. Depois do Roberto Justus cantando, vale tudo (risos). Não sou cantor nem quero ser. Fiz o clipe só para lançar o grupo. Estou me divertindo e divertindo quem quer ouvir. Não tenho grilo com críticas. E não quis criar polêmica. São as funkeiras dançando e não falamos um só palavrão.

E o que seria esse estilo pibull?
Muita gente tem esse estilo de vida, não sei explicar como é. É uma tribo apaixonada por luta e por mulheres bonitas, e que não leva desaforo para casa.

Você faz o estilo pitbull?
Sou o protótipo do pitbull. Aos 20 anos, brigava todo dia. Era briga por causa de esbarrão, de bebedeira, de mulher... Agora estou mais calmo.

Você convidou Geisy Arruda para fazer o clipe. Rolou alguma coisa entre vocês? Não tenho absolutamente nada com ela, só a convidei para o clipe. Admiro quem acredita na sua história, e a Geisy acredita na história dela. Mas nunca demos sequer um beijo, a não ser o selinho que damos no clipe. Nunca me interessei por ela.

Você aparece sempre cercado por mulheres...
Tem o assédio da mulherada, né? Agora que fiquei mais velho parece que aumentou (risos). Adoro mulher, adoro beijar, adoro fazer sexo... Sexo mesmo, sem essa historinha de fazer amor.

Já amou alguém de verdade?
Amei a Claudia Raia, fui apaixonado pela Dani Sperle... Cheguei a amar a Dani. Ela me marcou muito, e em muito pouco tempo. Foram oito meses intensos. Por isso nem vou apagar a tatuagem que fiz para ela (ele mostra o braço direito, onde tatuou "Dani Sperle Forever"). A gente ia se casar e eu resolvi puxar o freio de mão. Sofri muito, apesar de ter sido uma decisão minha. Mas vi que lá na frente a gente não ia se cruzar. Já me casei cinco vezes, não pretendo me casar mais.

Não sente falta de ter alguém?
Liberdade para mim é fundamental. Às vezes chego em casa e quero ficar sozinho, aí tem outra pessoa.. Também odeio dar satisfação. Talvez por isso eu seja visto com tantas mulheres diferentes. Mas sei ser romântico, levo café da manhã na cama, dou beijinho. Só não me chama para ver "Tomates Verdes Fritos". Gosto de filmes de guerra.

Consegue ser fiel?
Às vezes. Sou muito mulherengo. Mas também não exijo nada, cada um faz o que quer. Já perdoei várias traições.

Está namorando?
Estou sozinho. Quando dá vontade, saio. Quando quero uma gata, vou à caça. Não estou morto, não to de bobeira, né? Às vezes chego nos locais e viro a caça. Mas também saio só com meus amigos, não tem regra. Gosto de balada GLS porque a música é boa e não tem confusão.

Com quantas mulheres já fez sexo?
Não tenho ideia. Nos filmes pornôs foram 78. Mas essa coisa de contar as mulheres quem gosta de fazer é o Renato Gaúcho. Agora, se eu puder, faço sexo todo dia.

Diria que é viciado em sexo?
Acho que sou viciado, sim... e que mal tem isso? O mundo está muito cheio de frescuras, está muito viadinho demais. As pessoas não relaxam, é um saco.

Você posou nu quatro vezes para uma revista gay. Qual a sua relação com esse público? Minhas revistas foram recordes de venda, e isso é porque o público aceitou. Acho que todo gay gostaria de um tipo como eu, moreno, tatuado, forte. Já fui até padrinho da Parada Gay de São Paulo.

Em um de seus filmes pornôs, você teve como parceira Bianca Soares, um travesti. Não teve medo de ser julgado por isso? Encaro tudo como trabalho, por isso sempre dou a volta por cima. Se eu encarasse com vergonha... Não fiz isso para meus amigos da academia verem. Faço por dinheiro e vaidade. Não tenho problema em entrar nesse submundo. Fiz o que muitos homens queriam fazer. Muita gente assistiu a parada. É uma curiosidade que os homens têm [de transar com um travesti], mas nego faz na camufla. Eu escrachei, fiz uma parada profissional, todo mundo viu. Vão me julgar de quê?

Você também fez filme pornô com a Rita Cadillac. Como foi? Fiz mesmo pelo dinheiro. Respeito muito a Rita, mas ela não é o tipo de mulher que eu gosto, que eu estou acostumado. Gosto de mulher pernuda, com senso de humor e com cara de fêmea.

Ganhou muito dinheiro fazendo os 12 filmes? Ganhei. Comprei apartamento, fiquei rico. Mas gastei muito com noite, mulheres, aluguel de jatinho... Digo que já fiquei duas vezes rico e duas vezes pobre. Fui do luxo ao lixo, do céu ao inferno. Sou um fênix, estou sempre renascendo. Hoje não tenho muita coisa. Perdi muito dinheiro com processos. Coleciono uma série deles, por brigas, contratos que não cumpri... Por isso não tenho mais nada no meu nome

O que sua família achou de você ter feito esses filmes? Minha mãe (Laís Frota, 70 anos) não tem que achar nada. Não falo disso com a minha família e eles também não perguntam. Sabem que é o meu mundo.

Já falhou na hora H? Várias vezes. Quando há muita expectativa em relação à mulher então... Mas nada que um papo não resolva.

Recentemente, você mandou personalizar uma camisa do Flamengo para Claudia Raia. Qual a relação entre vocês hoje? Minha relação com a Claudia será forte para o resto da vida. Ficamos seis anos juntos (três de namoro e três casados) e depois cada um seguiu sua vida. Ela fez o casamento dela, dos sonhos dela. Até me pegou de surpresa essa separação dela e do Celulari. Claudia já me ajudou em várias coisas, me aconselhando. Sei que se um dia eu ligar e pedir ajuda, ela me ajudará. A gente ainda se fala, eu assisto a todos os espetáculos dela e sempre vou ao camarim depois.

Por que se separaram? Eu tinha 21 anos de idade quando nos casamos. Estava com a mulher que todo mundo queria. Mas fazíamos novela, teatro, cinema, tudo junto. Uma hora, empapucei. Foi uma decisão minha. Nunca tentei voltar. Me arrependo de ter me separado dela, mas acho que não seria mesmo o cara certo para ela. Aliás, não sou certo para ninguém (risos).

Na época, houve quem dissesse que vocês tinham brigas em que chegavam a se agredir fisicamente. Nunca briguei com mulher. Prefiro socar a parede. Já quebrei até a mão. Tem que sair na porrada é com homem.

Você tem um filho?
Tenho um filho de onze anos, o Mayã, de um relacionamento relâmpago que eu tive (com a funcionária pública Samantha Gondim). A gente não se vê com frequência, só mesmo em datas tipo Natal, Dia das Crianças. Mas pago pensão, escola, planos de saúde... Tudo conforme a lei manda.

Você já admitiu ter sido viciado em drogas. Considera-se curado?
Usei várias drogas, mas em 2000 decidi parar de usar. Perdi amigos, dinheiro, estava no fundo do poço. Usava drogas em geral. Nunca me internei, saí sozinho. Em 2005, tive uma recaída. Hoje estou bem, só bebo um chopinho de vez em quando.

Você sempre foi musculoso. Ainda malha muito?
Faço esporte desde criança. Malho todo dia, levanto até 100 quilos no braço.

Você já teve status em sua carreira como ator. O que acha que não deu certo?
Sou de uma geração que não foi preparada para fazer sucesso. Minha carreira não foi bem conduzida por conta dos caminhos que eu mesmo escolhi. Mas se estou aqui até hoje é porque tenho alguma coisa diferente, né? Tem que ser muito guerreiro. Guerreiro não dobra a perna, apanha mas fica de pé. Nem todo mundo nasce em berço de ouro.

Se pudesse voltar no tempo, faria algo diferente?
Não quero voltar no tempo. Meu tempo é esse e tenho que curtir como está. Sou amado por muitos e odiado por muitos, mas respeitado por todos. É difícil carregar esse peso nas costas de ser o Alexandre Frota. Mas gostaria de ser eu mesmo, só que com metade do dinheiro do Eike Batista (risos). Vamos deixar de lero-lero, dinheiro compra felicidade, sim.

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