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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Entrevista: Claudia Raia

Qual a importância de trazer um musical para a abertura? Claudia Raia – É muito bacana e mostra o não-preconceito do gênero musical. É inegável que o teatro musical tem feito as melhores bilheterias da cultura dos últimos cinco anos. O “Não Fuja da Raia” lotou teatros e as pessoas esperavam na fila para assistir. E não tinha como ser diferente, já que o Brasil é um país musical. Fico muito feliz em abrir o Festival. Nunca tinha vindo, mas sempre acompanhava.

Como foi viajar o País com um musical que exige 20 toneladas em equipamentos? Claudia Raia – Foi uma aventura, uma loucura e me senti como Indiana Jones. Chegar a Manaus, com os equipamentos em balsas e se apresentar para as pessoas de lá, foi muito gratificante porque levamos o teatro musical para pessoas que nunca tinham visto nem teatro. Os equipamentos são exigidos devido à tecnologia, já que projetamos imagens no palco que interagem com o bailarino.

Dança ou atuação? Claudia Raia – Fui bailarina clássica a vida toda, dançando na academia da minha mãe. Mas cresci muito e os parceiros foram ficando pequenos. Aí percebi que precisava fazer outra coisa e fui atuar. No entanto, a dança é meu oxigênio e uso muitas coisas dela para poder interpretar.

Como é conciliar a vida de bailarina, atriz, mãe e esposa? Claudia Raia – É tudo incompatível, tem horas que quero pegar um táxi e ir para a Lua, mas é preciso arrumar tempo. Minha vida é de bailarina, é essa coisa suada, de malha, dançando, com gelo no joelho, essas coisas. Às vezes, enquanto estava ensaiando, tinha de ir em um patrocinador e aí colocava uma roupa e ia assim mesmo. Porque sou produtora também e preciso fazer essas coisas. Visitei, pessoalmente, mais de cem patrocinadores para o espetáculo.

Fonte: An Festival

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