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domingo, 19 de setembro de 2010

Alexandre Borges capricha na veia cômica para compor estilista

Os anos estão fazendo bem a Alexandre Borges. Em todos os sentidos. Aos 44 anos, o ator exibe uma ótima forma e está ainda mais charmoso

Os anos estão fazendo bem a Alexandre Borges. Em todos os sentidos. Aos 44 anos, o ator exibe uma ótima forma e está ainda mais charmoso. Sua técnica de interpretação também veio se aperfeiçoando, ao longo dos 15 anos de carreira na TV. Em Ti-Ti-Ti, novela das sete da Globo/TV Bahia, no papel do estilista cafajeste Jaques Leclair, ele tem dado um show de atuação e humor, ao lado de Claudia Raia e Murilo Benício.

Em entrevista ao CORREIO, o ator afirma que o papel é um desafio. “Está sendo uma aventura viver Jacques Leclair. Ele vem abrindo caminhos novos para mim e a possibilidade de sair da zona de conforto, em termos de atuação, de composição de voz, de entonação. É um desafio diário”, conta. Para ele, o sucesso de Leclair e da novela são fruto de um trabalho em equipe. “A direção de Jorge Fernando é muito divertida, com marcações surpreendentes, o que faz que o personagem flua naturalmente. E o texto da Maria Adelaide Amaral, que resgata um mestre da teledramaturgia (Cassiano Gabus Mendes), é maravilhoso. Ela está acertando no tom da comédia, muito importante para o horário”, ressalta.

Alexandre Borges também vem acertando no tom do personagem, um estilista que usa e abusa dos trejeitos femininos para conquistar as mulheres. O que pode parecer uma contradição, tem uma explicação. “O Jacques não é gay, mas tem uma coisa feminina que vem do deslumbramento e da alegria de ser estilista. Também vem do fato de ele amar as mulheres”, define o ator, que afirma ter incorporado esse lado gay depois de conversar com estilistas. “Eles me diziam que quanto mais afetado o estilista for, mais as mulheres ficam à vontade. E o Jacques quer que suas clientes fiquem à vontade, até para ele poder seduzi-las”, entrega, aos risos. O lencinho no pescoço também foi incorporado e virou uma marca registrada do personagem. A ideia veio do próprio ator, fã do desenho Speed Racer - que também tem um lenço no pescoço.

PARCERIAS: A estratégia de Leclair, que na verdade se chama André Spina, sempre dá certo. Não tem uma mulher que passe ilesa por seu ateliê. Jaqueline, papel de Claudia Raia, é quem não gosta nada disso. A namorada do estilista bem que tenta levar o moço para o altar, sem sucesso. Segundo Alexandre, se depender de Jacques, ela vai continuar tentando. “Tudo indica que eles não vão se casar. Ainda mais agora, que ele vai se envolver com a Clotilde (Jualiana Alves). O Jacques não é de casar. Ele é viúvo, conhece a vida... é um tipo de homem que gosta de uma coisa mais livre”.

Esta é a sexta vez que Alexandre Borges e Claudia Raia atuam juntos. Anteriormente, eles estiveram em Belíssima (2005), O Beijo do Vampiro (2003), As Filhas da Mãe (2001), no seriado Mulher (1999) e na minissérie Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados (1995). A afinidade é visível. “O legal é que não é uma sequência de trabalhos, dá pra dar um respiro na parceria”, alerta ele, que cobre a colega de elogios: “A Claudia é uma atriz muito particular, que traz uma coisa de dança, meio vedete. Ela se entrega muito e temum senso de humor bastante apurado. Por isso dá sempre certo”.

E, se a parceria com Claudia Raia é de longa data, com Murilo Benício é a primeira vez que Alexandre Borges contracena. A química também tem se revelado forte. Que fique bemclaro que as cenas de rivalidade entre Jacques Leclair e Ariclenes/Victor Valentim, interpretados por Benício, se limitam à ficção. Fora da novela, os dois têm um ótimo relacionamento. “Não é raro isso de uma rixa em cena contaminar os bastidores, mas com a gente isso não acontece. Temos uma admiração mútua e uma afinidade pessoal muito grande”, destaca ele e completa: “Murilo é um cara super competente como ator. Ele batalha muito, é dedicado. Isso já gera de cara uma admiração. O convívio com ele é de uma tranquilidade...”, revela.

HUMOR: Após uma sequência de personagens sérios, agora Alexandre Borges comemora por estar em um papel que carrega uma comicidade escancarada - bem diferente de Raul Cadore, de Caminho das Índias (2009), seu último personagem. “É legal mudar de gênero. Mas, na verdade, eu sou um ator cômico que de repente começou a fazer coisas dramáticas. Até pouco tempo, as pessoas se lembravam de Danilo (de Laços de Família, novela de Manoel Carlos), que tinha esse lado engraçado também. O Raul que realmente exigiu
esse peso dramático maior”
.

Nas ruas, Alexandre colhe os louros por ter se rendido ao humor. “As pessoas vêm falar que estão se divertindo muito. Tem gente que diz: ‘Quero fazer um vestido com o Jacques Leclair’ (risos) . As crianças também curtem bastante”, observa ele, que, bem diferente do seu personagem mulherengo, é um exemplo de homem de família. Casado com a também atriz Júlia Lemmertz - que volta às novelas em Araguaia, próxima trama das seis -, Alexandre faz questão de manter sua vida familiar da forma mais saudável possível. “É muito importante para mim ter um tempo com o meu filho (Miguel, de 10 anos), jogar futebol com ele, ir às reuniões escolares, sair para namorar com a minha mulher, pegar um cineminha...”, finaliza, com uma deliciosa serenidade.


ELA NÃO RESISTE!

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