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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cláudia Raia mata a saudade das vilãs em "Sete Pecados"; leia entrevista com a atriz ( RELEMBRE )

Ambição e vingança não figuram entre os vícios capitais, mas são os sentimentos mais que adequados a Ágatha, personagem de Cláudia Raia em "Sete Pecados", de Walcyr Carrasco. É Ágatha a arquiteta das grandes vilanias, além de carregar muitos mistérios. "Ela vai controlando todos à sua volta, destruindo o que a atrapalha. Ágatha é uma pessoa fria", explica.

Cláudia é só sorrisos ao falar da antagonista. O último papel da paulista no posto de "dona" das maldades havia sido há quase 10 anos, como a Ângela da novela "Torre de Babel". De lá para cá, ela esteve sempre do lado do bem e não esconde que sentiu falta das armações próprias daqueles tipos de caráter duvidoso. "Eu amo fazer vilã. Amo! Porque é quem tem a força na história. Quem engendra tudo é a vilã", define.

Mas além das trapaças, Ágatha promete chamar a atenção do público também por seus mistérios. Líder de uma sociedade secreta, ela tem como fiel escudeiro o enigmático Barão, personagem de Aílton Graça. Ao seu lado, a vilã não passará um minuto sem imaginar maneiras de controlar e destruir a vida da protagonista Beatriz, vivida por Priscila Fantin. A motivação de tanto rancor, adianta Cláudia, é um laço familiar. "A Ágatha é irmã do pai da Beatriz e decide resgatar tudo o que, segundo ela, lhe pertence por direito mas está nas mãos da sobrinha", revela.

O objetivo da perigosa personagem é conquistar a confiança e os bens de Beatriz. Em especial, uma pequena estátua que teria origem no lendário continente de Atlântida e que guardaria o segredo da imortalidade. Para botar as mãos na relíquia, a vilã vai exalar sensualidade e humor. Mesmo com as aparentes semelhanças com sua personagem anterior, da novela "Belíssima", Cláudia se apressa em deixar claras as diferenças entre suas duas "pedras preciosas", como ela própria define. "A Safira era 'fogosa', a Ágatha é sedutora. Para conseguir o que precisa, ela atropela quem estiver no caminho", compara.

Depois de um ano afastada das novelas, o retorno não satisfaz Cláudia apenas pela personagem. O convite para "Sete Pecados" deixou-a na situação bastante confortável de estar em meio a vários amigos. Entre os parceiros que ela reencontra estão Reynaldo Gianecchini, Marcelo Médici e o diretor geral, Jorge Fernando. "Me sinto no colinho da mamãe. São pessoas ótimas de trabalhar e ainda tem o Jorge, que sou eu de calças!", brinca.

No início de mais uma empreitada aos 40 anos de idade e 23 da carreira televisiva que começou no humorístico "Viva o Gordo" Cláudia tem uma vasta coleção de personagens, mas é direta ao responder sobre o que ainda falta em sua trajetória como atriz. "Falta tudo! Estou sempre atrás daqueles papéis mais humanos, que sejam um exercício real", define.

Os bons tipos não têm faltado para Cláudia. Depois do sucesso de Safira, que conquistou o público com seu jeito que ia da amante voluptuosa à mãe dedicada, a atriz partiu para a doce ingenuidade da personagem-título do musical "Sweet Charity". A variedade de personalidades é motivo de comemoração e também de um certo receio. "É uma sorte incrível ter personagens tão diversos em tão pouco tempo, só que às vezes dá um nó!", confessa.




No momento, ela não precisa se preocupar com a confusão já que está de folga dos palcos. Mas a dupla jornada faz parte dos planos de Cláudia para breve: em agosto, a atriz pretende estar cantando e dançando novamente a história da prostituta Charity. "Infelizmente, ainda dependo de patrocínio, porque é um espetáculo muito caro", desabafa. Enquanto não se desdobra entre palco e TV, Cláudia vive a expectativa de mais um sucesso. "A novela tem tudo para dar certo. Tem história e personagens ótimos. Agora, a sorte está lançada!", vibra.

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